quarta-feira, 19 de outubro de 2011
«A NECESSIDADE PÚBLICA É A ÚLTIMA LEI»
«Ó MINHA PÁTRIA, TÃO BELA E PERDIDA»
Um acontecimento que não resisto partilhar aqui:
No último
dia 12 de março a Itália festejava os 150 anos de sua criação, ocasião em que a
Ópera de Roma apresentou a ópera Nabuco de Verdi, símbolo da unificação do país,
que invocava a escravidão dos Judeus na Babilônia, uma obra não só musical mas
também, política à época em que a Itália estava sujeita ao império dos
Habsburgos (1840).
Sylvio
Berlusconi assistia, pessoalmente, à apresentação, que era dirigida pelo maestro
Ricardo Mutti. Antes da apresentação o prefeito de Roma, Gianni Alemanno -
ex-ministro do governo Berlusconi, discursou, protestando contra os cortes nas
verbas da cultura, o que contribuiu para politizar o
evento.
Como Mutti
declararia ao TIME, houve, já de início, uma incomum ovação, clima que se
transformou numa verdadeira "noite de revolução" quando sentiu uma atmosfera de
tensão ao se iniciar os acordes do coral "Va
pensiero" o famoso hino contra a dominação. Há situações que não se podem descrever, mas apenas sentir; o
silêncio absoluto do público, na expectativa do hino; clima que
setransforma
em fervor aos primeiros acordes do mesmo. A reação visceral do público quando
o côro entoa - "Ó minha pátria, tão bela e
perdida”. Ao terminar o hino os
aplausos da plateia interrompem a ópera e o público se manifesta com gritos de "bis", "viva
Itália", "viva Verdi".
Não sendo usual dar bis durante uma ópera, e embora Mutti já o tenha feito uma vez em 1986, no teatro La Scala de Milão, o maestro hesitou pois, como ele depois disse: "não cabia um simples bis; havia de ter um propósito particular".
Dado que o público já havia revelado seu sentimento patriótico fez com que o maestro se voltasse no púlpito e encarasse o público, e com ele o próprio Berlusconi.
Fazendo-se silêncio, pronunciou-se da seguinte forma, e reagindo a um grito de "longa vida à Itália" disse RICCARDO MUTTI:
"Sim, longa vida à Itália mas... [aplausos]. Já não tenho 30 anos e já vivi a minha vida, mas como um italiano que percorreu o mundo, tenho vergonha do que se passa no meu país. Portanto aquiesço ao vosso pedido de bis para o Va Pensiero. Isto não se deve apenas à alegria patriótica que senti em todos, mas porque nesta noite, enquanto eu dirigia o côro que cantava "Ó meu pais, belo e perdido", eu pensava que a continuarmos assim mataremos a cultura sobre a qual assenta a história da Itália. Neste caso, nós, nossa pátria, será verdadeiramente "bela e perdida". [aplausos retumbantes, inclusive dos artistas da peça] Reina aqui um "clima italiano"; eu, Mutti, me calei por longos anos.
Gostaria agora...nós deveriamos dar sentido a este canto; como estamos em nossa casa, o teatro da capital, e com um côro que cantou magnificamente e que é magnificamente acompanhado, se for de vosso agrado, proponho que todos se juntem a nós para cantarmos juntos."
Foi assim que Mutti convidou o público a cantar o Côro dos Escravos.
Toda a ópera de Roma se levantou... O coral também se levantou. Vê-se, também, o pranto dos artistas.
Não sendo usual dar bis durante uma ópera, e embora Mutti já o tenha feito uma vez em 1986, no teatro La Scala de Milão, o maestro hesitou pois, como ele depois disse: "não cabia um simples bis; havia de ter um propósito particular".
Dado que o público já havia revelado seu sentimento patriótico fez com que o maestro se voltasse no púlpito e encarasse o público, e com ele o próprio Berlusconi.
Fazendo-se silêncio, pronunciou-se da seguinte forma, e reagindo a um grito de "longa vida à Itália" disse RICCARDO MUTTI:
"Sim, longa vida à Itália mas... [aplausos]. Já não tenho 30 anos e já vivi a minha vida, mas como um italiano que percorreu o mundo, tenho vergonha do que se passa no meu país. Portanto aquiesço ao vosso pedido de bis para o Va Pensiero. Isto não se deve apenas à alegria patriótica que senti em todos, mas porque nesta noite, enquanto eu dirigia o côro que cantava "Ó meu pais, belo e perdido", eu pensava que a continuarmos assim mataremos a cultura sobre a qual assenta a história da Itália. Neste caso, nós, nossa pátria, será verdadeiramente "bela e perdida". [aplausos retumbantes, inclusive dos artistas da peça] Reina aqui um "clima italiano"; eu, Mutti, me calei por longos anos.
Gostaria agora...nós deveriamos dar sentido a este canto; como estamos em nossa casa, o teatro da capital, e com um côro que cantou magnificamente e que é magnificamente acompanhado, se for de vosso agrado, proponho que todos se juntem a nós para cantarmos juntos."
Foi assim que Mutti convidou o público a cantar o Côro dos Escravos.
Toda a ópera de Roma se levantou... O coral também se levantou. Vê-se, também, o pranto dos artistas.
sábado, 8 de outubro de 2011
Hans Rosling fala sobre a ascenção da Asia
Apresentação brilhante do professor Hans Rosling que entendo ser interessante partilhar com todos os colegas de Administração Publica.
"Hans Rosling era um jovem estudante na Índia quando ele percebeu pela primeira vez que a Ásia tinha todas as capacidades para recuperar seu lugar na força econômica dominante mundial. No TEDIndia, ele mostra o gráfico do crescimento econômico global desde 1858 e prevê a data exata em que a Índia e a China irão ultrapassar os Estados Unidos".
http://www.ted.com/talks/lang/por_br/hans_rosling_asia_s_rise_how_and_whwn.html
"Hans Rosling era um jovem estudante na Índia quando ele percebeu pela primeira vez que a Ásia tinha todas as capacidades para recuperar seu lugar na força econômica dominante mundial. No TEDIndia, ele mostra o gráfico do crescimento econômico global desde 1858 e prevê a data exata em que a Índia e a China irão ultrapassar os Estados Unidos".
http://www.ted.com/talks/lang/por_br/hans_rosling_asia_s_rise_how_and_whwn.html
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
FORUM DE MACAU
Como representente de Portugal,participei no "Curso de Modernização dos Serviços Públicos" realizado em Macau (Universidade de Macau) e na China (Shenzhen). Este evento patrocinado pelas autoridades da China e organizado pelo Forúm Macau juntou todos os representantes de paises de língua oficial Portuguesa, e destinou-se a partilhar experiências na área da Administração Pública. A Universidade de Macau elaborou os conteúdos programáticos e estiveram presentes os representantes da Direcção de Administração e Função Pública de Macau.
Esta experiência foi enriquecedora, podendo constatar que os conhecimentos adquiridos na licenciatura em Administração Pública me forneceram instrumentos essenciais para debater matérias em qualquer parte do Mundo.
A universidade de Macau e Shenhen proporciou debates com investigadores, nomedamente o Director do Instituto de investigação e pesquisa das politicas contemporânias, Prof.Huang Weiping, o director da escola de Ciências Sociais de Shenzhen, Prof,Le Zheng, o Director do Departamento da Administração Pública e Governamental da Universidade de Macau, Prof.Wang Jianwei, entre outros.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Documento verde da reforma da administração local
Foi publicado o "Documento Verde da Reforma da Administração Local"que realiza uma análise da dimensão e da complexidade de formas que este sector assume.Existem 308 municípios em Portugal e 4259 Freguesias, nos quais trabalham 3014 chefes mais 53 equiparados. Na pag.30 consta esta imagem onde o Estado aparece segregado das realidades orgânicas através das quais se expressa.O documento é importante sobretudo pelos muitos e interessantes números.
STEVE JOBS morreu
"O nosso tempo é limitado, por isso não o percamos nas vidas dos outros. Não fiquemos encurralados em dogmas, isso é viver com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixem que o ruído das opiniões dos outros torne a nossa voz interior inaudível. E acima de tudo, tenham a coragem para seguir o vosso coração e a vossa intuição. De alguma forma, eles sabem aquilo em que verdadeiramente nos queremos tornar. Tudo o resto é secundário. " - Steve Jobs
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
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