sábado, 25 de maio de 2024

«Uma abordagem proativa é essencial para que a universidade cumpra o seu papel como ponto de encontro e se torne um verdadeiro campus universal — palco dos grandes debates sobre o futuro da socie­dade»

 


Recorte; «(...) Atualmente, num mundo cada vez mais polarizado e fragmentado, a universidade deve tornar-se um renovado e verdadeiro ponto de encontro — um espaço de reunião, inclusivo e atrativo, onde a colaboração é incentivada na construção de um futuro comum por meio da razão e do método científico. É aqui que as mentes do futuro são moldadas, e é aqui que os desafios do nosso tempo serão enfrentados com racionalidade, criatividade, coragem e resiliência.

No entanto, para que a universidade se transforme num verdadeiro epicentro dos debates sobre o presente e futuro da sociedade, local e globalmente, é crucial que ela assuma ativamente uma terceira missão: a responsabilidade social. Além das funções tradicionais de ensino e investigação, a universidade deve trabalhar com a comunidade, posicionando-se como um agente de mudança positiva e um farol para as gerações futuras. E isso significa estar aberta ao debate nos momentos mais desafiadores da sociedade. Exemplos históricos, como os movimentos pelos direitos civis nos EUA e na África do Sul pós-apartheid, as revoltas estudantis contra a guerra do Vietname, o Maio de 68 em França, ou, em Portugal, a luta contra a ditadura que norteou a Crise Académica de 62, demonstram a importância desse envolvimento. E esse é também hoje o caso, tendo como pano de fundo o conflito no Médio Oriente. Enfrentar com racionalidade os desafios contemporâneos é uma parte essencial desta terceira missão.

Hoje, muitas instituições universitárias lideram projetos científicos altamente inovadores, sem deixar de estimular em paralelo discussões difíceis sobre políticas públicas, ação coletiva e inovação tecnológica nesse campo. Na investigação biomédica, a mais recente pandemia tornou-se palco dos mais disputados confrontos de opinião, mostrando-nos quão crucial é estabelecer um debate racional. Uma abordagem proativa é essencial para que a universidade cumpra o seu papel como ponto de encontro e se torne um verdadeiro campus universal — palco dos grandes debates sobre o futuro da socie­dade.

À medida que avançamos em direção ao futuro, é fundamental que o conceito de universidade continue a evoluir, mantendo-se sempre fiel ao seu compromisso fundamental com a criação e transmissão de conhecimento, o entendimento racional do mundo que nos rodeia e o bem comum. A universidade tem o potencial (e o dever) de continuar a ser testemunha e protagonista da história humana, moldando o mundo e preparando o caminho para as gerações futuras».



domingo, 5 de maio de 2024

quinta-feira, 2 de maio de 2024

NA MORTE DE SÉRGIO RIBEIRO | lembremos o percurso de vida deste economista: «(...) do muito que haveria a dizer da sua intensa vida, trabalho e luta, destaco que foi um economista de mérito e empenhado nas grandes causas do povo português a quem serviu como deputado do PCP à Assembleia da República e ao Parlamento Europeu e um valoroso combatente antifascista e construtor do Portugal de Abril. (...)»

 



Morreu Sérgio RibeiroFoi economista. Mas é o seu percurso de vida todo,  enquanto cidadão e profissional, que queremos recordar. No meu tempo de estudante em «ECONÓMICAS», no Quelhas,  já era uma referência.  Veja também, por exemplo,  aqui no jornal Público. E do blogue  O Tempo das Cerejas:


«Chega a notícia da morte de Sérgio Ribeiro e do muito que haveria a dizer da sua intensa vida, trabalho e luta destaco que foi um economista  de mérito e empenhado nas grandes causas do povo português a quem serviu como deputado do PCP à Assembleia da República  e ao Parlamento Europeu e um valoroso combatente antifascista e construtor do Portugal de Abril. A imagem acima ilustra a sua saída da prisão de Caxias onde se encontrava preso no dia 25 de Abril. Deixa gratas recordações em todos os que com ele trabalharam e conviveram».

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Um dos seus trabalhos:

SINOPSE

E
ste projecto foi iniciado com a intenção de ser diferente de todas as anteriores e diversificadas intervenções que o autor, ao longo de décadas, ao longo da sua alongada vida de permanente intervenção (excedendo largamente a esperança estatística de vida ao nascer), procurou ter.
Para além do prazer pessoal que possa ter de contar o experimentado, o por ele vivido, ou até o dever de transmitir vivências e reflexões, procurará não contar-se mas contar o que foi vivido no tempo e lugares que/em que viveu.
Mas procurará que seja mais; procurará não só contar o que e como vivido, mas fazer uma leitura materialista histórica de o que foi vivido pela Humanidade, antes do e, sobretudo, desde o princípio do século XIX.

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Veja mais obras de Sérgio Ribeiro.