sexta-feira, 27 de junho de 2025

MAIS UM ESTUDO

 


Começamos o dia a ouvir o icónico  «Forum TSF». Debruçava-se sobre o estudo da imagem. De forma natural mergulhava-o na propalada REFORMA DO ESTADO anunciada pelo Governo. Já demos uma leitura ao resumo. A quente, do que se ouviu e leu, voltamos «às nossas questões»  sem qualquer hierarquia e obviamente sem as esgotar, é só ilustração:

- É bem provável que pessoas que viveram a Administração Pública Portuguesa,   «desde Abril», não se revejam no que é proporcionado, melhor, não se identifiquem com o quadro cientifico e prático que com esforço tentam detectar como seguido no estudo. Ou seja, modelos e metodologias provadas. Sem isso, confessamos, é-nos difícil «opinar». Neste momento, apenas: é mais um estudo. De qualquer forma, até pelo currículo dos autores  salta  que assenta na Ciência Politica. Sem a negar, como a outras áreas do saber, o que se observa não pode passar sem a GESTÃO PÚBLICA. Pelo menos cruzar com o que nos possibilita.

-  Temos uma vez mais observações parcelares: no estudo e nas intervenções na rádio.  Uma vez mais: as famigeradas nomeações em regime de substituição; as escolhas partidárias; a falta de estabilidade; a avaliação das políticas ... E, por exemplo, ninguém nos diz que antes de «avaliar» as politicas publicas têm de ser «construídas». Como? A Orçamentação por Programas é capaz de ser bom caminho. Do que lemos ainda não demos conta que se fale nisso. 

... Enfim, venham mais estudos, só esperamos que não nos desviem a atenção do que verdadeiramente nos FALTA. E o que nos faz falta é olhar o TODO com ciência e técnica. E certamente que ninguém negará que tem de ser feita na ótica da GESTÃO - na circunstância na da GESTÃO PÚBLICA. A não ser que se adira à GESTÃO LEGALISTA e a ela de maneira declarada se queira voltar - acreditamos que ninguém terá coragem de o dizer.  Vamos ler melhor o estudo e tentar perceber qual será a postura dos seus autores. Para já ficou-se com a ideia que o Diário da República foi fonte privilegiada. Sim, há que considerar «o institucionalizado», mas segundo modelos seguidos - sim, a revolução de Abril privilegiou a ciência e a técnica logo de início nas nossas Administrações -  também «o praticado», e o que foi «emergindo» ao longo, na circunstância, dos anos observados pelo estudo. Ah, e até seria útil estudar o que aconteceu nos anos da Revolução anteriores a 1976. Muito se passou, tempos intensos. Marcaram. Falta-nos memoria «como», e quem foram os protagonistas em termos de PESSOAS e de ORGANIZAÇÕES. Ainda, depois, houve «MOMENTOS HISTÓRICOS» na «Reforma do Estado»/«Reforma das Administrações»  (quando «Estado» e «Administrações» eram realidades bem precisas) para lá do PRACE  e do PREMAC..., alguns bem relacionados com uma das dimensões eleitas no estudo - as questões orçamentais ...
  
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E estávamos nós neste labor quando na mesma TSF ouvimos palavras do Senhor Ministro encarregado da Reforma do Estado, à margem(?)  desta iniciativa: "Economic Outlook - Inteligência Artificial no mundo do Trabalho". E apareceu  a famosa «REENGENHARIA DE PROCESSOS» que necessariamente nos tempos que passam não pode ignorar a INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL. E tanto quanto percebemos,  mais do que a reengenharia digital adere-se  que  faz parte de algo maior, a «reengenharia organizacional». E para isso talvez não seja má ideia voltar  aos «velhinhos» livros que revolucionaram:




e o que nos diz a IA  sobre o assunto:




Ainda, até se pode pensar que a técnica apenas se aplica às empresas do mundo dos negócios, mas não, a técnica é extensiva às organizações em geral ... E aquela IDENTIFICAÇÃO DOS PROCESSOS um empreendimento impossível se os seus «DONOS» não tiverem as competências teóricas e práticas exigidas. E assim voltamos à ACADEMIA e aos CURSOS DE GESTÃO PÚBLICA ... Ao que temos e precisa de ser reinventado, e ao a criar de raiz. Se assim não acontecer ousamos: «Reforma do Estado» para que te quero !

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Bom, e aproveitamos, uma vez mais, para recomendar à ORDEM DOS ECONOMISTAS a criação de um COLÉGIO DE ESPECIALIDADE no âmbito da GESTÃO PÚBLICA. Temos esperança que haverá momento em que nos ouvirão ... A necessidade parece-nos por demais evidente. Então ..., não se percebe a demora ... Quem sabe, inserir a REFORMA ORGANIZACIONAL DAS ORDENS na REFORMA DO ESTADO... As ideias também são como as cerejas ...



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