e no site da semana
O texto começa assim: «É bem conhecida a passagem da Política
(1253a) em que Aristóteles sustenta que o
ser humano é um “animal político” (zoon
politikon), ou seja uma entidade que encontra a
sua realização natural na existência em comunidade ( polis) e na partilha de objetivos comuns.
Distingue-se ainda por ser capaz de articular o som
de forma mais complexa, característica que lhe permite elevar o uso da voz às alturas de um discurso
complexo (logos). É desta forma sublinhada, num
dos textos fundadores mais paradigmáticos da teorização política, a estreita relação entre a construção
de comunidades de cidadãos ativos e o uso da voz
como garante de liberdade de expressão e de ação.
A celebração, em 2024, dos 50 anos passados sobre a
Revolução de Abril constitui um marco de primeira
importância, que se funde com a própria história
da Universidade e com a sua tradição de defesa de
causas estruturantes da liberdade e da democracia.
Com a simples expressão “Peço a palavra”, um jovem
estudante da Academia coimbrã marcaria de forma
indelével o desafio a um regime, abrindo sendas à
esperança e à igualdade. Assim libertou Coimbra
as vozes embargadas num silêncio aflito e delas saiu
a Voz da Revolução. (...)».
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