domingo, 22 de dezembro de 2024

QUEM SABE NA PAUSA DE FÉRIAS DE NATAL BOM TEMPO PARA REFLEXÃO | não esquecer o «assédio nas universidades»

 





Excerto:

«Quase todas as instituições de ensino superior adotaram códigos de conduta para a prevenção e combate ao assédio, mas apenas 20% dispõem de canais específicos para denúncias de assédio, revelou a comissão nomeada pelo Governo para avaliar as estratégias das universidades contra o assédio num relatório divulgado recentemente.

O relatório aponta um aumento nas denúncias de assédio. Há mais casos ou maior capacidade de denúncia?

Não creio que existam mais casos agora, pelo contrário. No meu tempo de estudante e no início da carreira, penso que haveria mais casos, mas menos consciência do problema. Colegas investigadoras relataram-me situações com supervisores que hoje seriam completamente intoleráveis. Culturalmente, éramos mais permissivos. O aumento das denúncias reflete maior consciencialização, visibilidade e segurança para denunciar, além de uma cultura menos tolerante a comportamentos abusivos, o que é positivo.

O número de casos pode ser superior ao reportado?

Acredito que sim. Há pessoas que ainda desconhecem os canais de denúncia, receiam as consequências ou duvidam da eficácia da queixa. Ainda há um caminho a percorrer.

Quais os principais obstáculos à formalização de queixas?

A comissão constatou que a larga maioria das instituições não informa claramente quem integra as comissões responsáveis por avaliar as denúncias. Por isso o relatório recomenda que os canais de denúncia indiquem, de forma clara, os nomes e funções dos membros dessas comissões.

A ausência dessas informações gera desconfiança?

Sim, pode levar à perceção de que o caso será analisado por alguém próximo do denunciado ou, pior, pela própria pessoa visada. Este risco é maior quando as comissões são exclusivamente internas, como acontece em 80% dos casos. Recomendamos que sejam criadas comissões mistas, com membros internos e externos, como especialistas em direito, psicologia ou comportamento humano, para garantir maior imparcialidade. Além disso, é essencial que todos os membros recebam formação sobre assédio, para assegurar avaliações rigorosas e justas.

Menos de metade das denúncias resultaram em processos disciplinares e apenas 18% em sanções. Porquê?

A principal dificuldade é a recolha de provas, já que quem pratica assédio, seja em que contexto for, tende a agir de forma a proteger-se, dificultando a obtenção de evidências claras. Além disso, muitas vítimas desconhecem como identificar ou preservar evidências, o que reduz o número de processos. Para analisar estes casos é essencial ter provas sólidas, garantindo não apenas justiça para as vítimas, mas também a proteção de quem é denunciado. Sem rigor na avaliação corremos o risco de generalizar culpas injustamente.

Mantém-se uma atitude passiva face ao assédio?

Provavelmente ainda há desconhecimento e desvalorização do tema, mas quero acreditar que isso está a mudar. É essencial fomentar uma cultura preventiva. No passado, estas questões não eram debatidas, expondo professores e estudantes a situações inadequadas, como reuniões privadas em gabinetes. Hoje, recomenda-se evitar portas fechadas. Algumas instituições espanholas usam gabinetes envidraçados para garantir a proteção de todos. Essas medidas são importantes, especialmente no caso do assédio moral, mais difícil de identificar. (...)».

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

«Love, Hope & Leadership»

 


«We are pleased to launch Love, Hope & Leadership: A Special Edition – a collection of reflections, with the look and feel of a coffee table book. Through stories and beautiful imagery it captures how we live and lead. Check it out – and we hope you enjoy».

terça-feira, 26 de novembro de 2024

«Technology/Transformation»

 



«(...)Technology/Transformation apresenta uma seleção de obras da Coleção de Serralves de artistas que se destacaram nas décadas de 1960, 1970 e 1980 pelo uso pioneiro do vídeo, de novos formatos fílmicos e dos primeiros computadores pessoais. A exposição integra obras históricas de figuras incontornáveis no panorama artístico nacional e internacional que exploraram as potencialidades destes meios como forma de reequacionar o corpo no espaço, os limites da representação e da linguagem, e os códigos e narrativas subjacentes à indústria mediática. (...)».




sexta-feira, 22 de novembro de 2024

««(...)Só que a literatura, a história, a arte foram postas de parte. Está aí o resultado. (...)».

 


Excerto. «(...) Por isso é que a literatura é tão importante. Porque fala da condição humana. Quando eles leem Camões ou Cesário Verde, ou pensam sobre o problema da educação romântica n’Os Maias, que faz com que o Pedro da Maia se suicide, que faz com que o Carlos se envolva com a irmã, e responda ao Ega que não se arrepende de nada, nem mesmo de ser o causador da morte do avô Afonso, é aí que a literatura chega a 30, 40, 50 alunos. Porque joga com símbolos, joga com o enigma, joga com as grandes questões da condição humana. Só que a literatura, a história, a arte foram postas de parte. Está aí o resultado. (...)».

domingo, 20 de outubro de 2024

A PROPÓSITO DO NOBEL 2024 DA ECONOMIA | «O Equilíbrio do Poder»

 


SINOPSE

Dos autores do bestseller internacional Porque Falham as Nações, uma nova
 obra crucial que responde à pergunta «porque floresce a liberdade em alguns
 Estados mas é presa do autoritarismo e da anarquia noutros?» e que nos
 explica como podemos preservar a liberdade, apesar das novas ameaças que
 pesam sobre ela.
Em Porque Falham as Nações, Acemoglu e Robinson demonstraram que a
 ascensão e a queda dos países dependem não da cultura, geografia ou acaso, 
mas do poder das instituições. No presente livro, constroem uma nova teoria 
sobre a liberdade e as formas de a alcançar, recorrendo a numerosos exemplos, 
tanto da atualidade como de vários períodos da história mundial.



EXPOSIÇÃO SOBRE INTELIGÊNICA ARTIFICIAL | é grátis ...

 



terça-feira, 8 de outubro de 2024

QUADRO INSTITUCIONAL PARA A REFORMA DO APARELHO ESTATAL | ora cá temos muito para observar e conjugar ... | NESTE POST AJUDAMOS COM UMA SISTEMATIZAÇÃO DE «MATERIAL»

 


De lá, em especial:

SOBRE PLANEAMENTO E AFINS

Mais: Entidades com responsabilidade em matéria de estudos e planeamento das áreas governativa -Direção-geral ou gabinete de estudos, planeamento e avaliação, doravante designado por DGEPA/ GEPA | Missão e atribuições |«O DGEPA/GEPA tem por missão, no âmbito das atribuições prosseguidas pelo ministério no qual está integrado, apoiar tecnicamente a definição das respetivas prioridades estratégicas e das políticas que as suportam, bem como promover, em coordenação com os demais serviços do Ministério, o acompanhamento e avaliação da sua implementação e dos resultados obtidos».
Ainda:


SOBRE A SECRETARIA-GERAL DO GOVERNO

Secretaria-Geral do Governo - «Missão: A Secretaria-Geral tem por missão prestar apoio técnico, administrativo e logístico ao Conselho de Ministros, ao Primeiro-Ministro e aos demais membros do Governo».

Secretário-geral / Secretários - gerais adjuntos  — A Secretaria-Geral é dirigida por um secretário-geral, coadjuvado por seis secretários-gerais adjuntos, cargos de direção superior de 1.º e 2.º graus, respetivamente.

Fórum da Administração Pública - «O Fórum da Administração Pública (FAP), é um órgão de apoio ao Governo e à Administração Pública que visa melhorar a coordenação da execução de políticas públicas transversais, através de uma maior integração e articulação interdepartamental». Mas é aconselhável olhar para as  Atribuições/Competências: 

 



E DE LÁ TAMBÉM DIPLOMAS A REVISITAR









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Entretanto,  hoje, foi publicado o Decreto-Lei n.º 67/2024 que Aprova a orgânica do Centro de Planeamento e Avaliação de Políticas Públicas

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E hoje ficamos por aqui. Há próximos capítulos. Como podia ser diferente? Mas para amenizar esta «aridez» que tal uma incursão a terreno de GESTÃO! Aproveitemos para voltar a modelos da  nossa estimação:



segunda-feira, 30 de setembro de 2024

PREC (PROCESSO REVOLUCIONÁRIO EM CURSO) | através do espetáculo «As Grandes Comemorações» | PRETEXTO PARA REVIVER O PASSADO EM TORNO DA INICIATIVA «ORGANIZAÇÕES, CULTURA & ARTES» NO IPL

 


O Teatro Experimental do Porto e a ASSéDIO associam-se para celebrar o quinquagésimo aniversário do Processo Revolucionário em Curso (1974-75). As grandes comemorações… é um espetáculo que revisita alguns dos principais momentos, protagonistas e discussões do PREC, visando problematizar e contrariar a ideia de que este foi um período dominado pelo caos e por excessos ideológicos. Para o efeito, criaram uma Comissão de Festas Populares, constituída por artistas e académicos, encarregada de conceber a estrutura PRECformativa e de discutir as linhas orientadoras da celebração. Podemos encontrar o modelo destas Grandes comemorações nas Feiras de Opinião de Augusto Boal, criações coletivas caracterizadas pela alegre convivialidade entre artes e dominadas por uma ideia de entremês, de farsa e de absurdo. “Este não é um espetáculo imparcial”, avisa a Comissão de Festas. “É intimamente parcial. De esquerda. Antirreacionário e antifascista. E, por isso mesmo, é celebratório, festivo e popular.”
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e uma boa ocasião para lembrar que o ISCAL faz parte  do IPL - Instituto Politécnico de Lisboa - onde se cruza uma diversidade de escolas que não devem ser vistas como um «somatório» mas que se devem potenciar mutuamente, em termos de ensino e aprendizagem, e de investigação. Revisitar INICIATIVAS anteriores que iam nesse sentido em torno das ORGANIZAÇÕES DA CULTURA E DAS ARTES é capaz de ser avisado. Ah, aproveite-se o momento que nos é assinalado pela UNESCO:







terça-feira, 24 de setembro de 2024

VOLTEMOS «AO ESTADO DE SERVIÇOS PÚBLICOS EM FRANÇA»

 


Agora, há «debate». Foi assim que nos chegou:

«Bonjour à toutes et à tous,

 C’est le grand jour ! La deuxième édition de notre rapport sur l’état des services publics est disponible. Les nouvelles thématiques traitées sont celles de l'eau, du logement, du travail et de l'enseignement supérieur.

 En croisant les regards d’une centaine d’agentes et d’agents de terrain, de chercheuses et de chercheurs, de cadres de l’administration, de citoyennes et de citoyens, le rapport sur l’état des services a pour ambition de poser un diagnostic sur les principales évolutions des services publics au cours de ces dernières décennies à l’aune des crises environnementales. 

 Dans la première édition, nous avions fait émerger un constat simple : les besoins de la population s'accroissent plus vite que les moyens alloués aux services publics. 

 Nous intégrons davantage cette année les limites planétaires à la réflexion car elles interrogent frontalement nos besoins et génèrent des conflits : comment répondre aux besoins de logements sans artificialiser les sols ? Comment hiérarchiser les usages de l’eau face à une ressource qui diminue ? Les politiques publiques actuelles ont été élaborées sans intégrer ce nouveau contexte : en l’état, elles perpétuent, donc aggravent les conflits de besoins.

 Découvrez le rapport, lisez-le, prêtez-le à vos ami·e·s et vos collègues. On se retrouve très vite pour en discuter !

 A bientôt,  L’équipe du collectif Nos services publics». 

Bem sabemos que está em «FRANCÊS», ainda assim ... 

 


quarta-feira, 18 de setembro de 2024

«The Future CEO: How the role of CEO is changing»

 


Leia também: 

«The Future CEO: How the role of CEO is changing - Learn how the mindset and approach of the most effective CEOs have changed as they lead companies through disruption». Neste endereço.



terça-feira, 17 de setembro de 2024

UMA BASTONÁRIA FELIZ | aproveitemos para aprofundar o que nos rodeia e aí vem na esfera da contabilidade ...

 


Lemos com interesse a entrevista que a Senhora Bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados deu à Executiva. Captamos uma segurança e, digamos, uma autoestima que serão o chão necessário à discussão dos assuntos que por esse mundo fora ocupam a «Contabilidade» e que no nosso País, a nosso ver, estará longe do necessário. Mas comecemos com uma constatação que nos é agradável, não nos tem passado ao lado a colaboração da OCC na esfera da IGUALDADE  com a Executiva:

Gostamos!, de facto.
Por outro lado, lembramos matérias debatidas em iniciativas da OTOC/OCC em que tivemos o privilégio de participar. Por exemplo: 


De lá dimensão que muito agradará à Senhora Bastonária - «can accoutants save the world?» -  e outras  que continuam na «ORDEM dos dias»:


Entretanto, ao passarmos pelo site da OCC, verificamos que está próximo o DIA DO CONTABILISTA - 20 de setembro:



O  lema -  O FUTURO PRESENTE DA PROFISSÃO - leva-nos ao slide com que terminamos a nossa intervenção no Encontro Luso-Brasileiro acima lembrado:




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Havemos de voltar, a tudo isto! 
 

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

«A AI e Tu»

 


«Narrado em língua portuguesa pelo jornalista Lourenço Medeiros, especialista em novas tecnologias e inovação, o podcast ‘A IA e Tu’ foi co-financiado pela Comissão Europeia e publicado em seis línguas - inglês, espanhol, italiano, polaco, alemão e francês. O primeiro episódio em português sai a 13 de setembro no Expresso e em todas as apps de podcast»



quarta-feira, 28 de agosto de 2024

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

E que tal recuperar o workshop «ORÇAMENTAÇÃO POR PROGRAMAS _ E O SNC-AP E ...TUDO»?

 


Ao observarmos o que vai acontecendo no espaço público a propósito do próximo Orçamento do Estado ocorreu-nos que era capaz de não ser má ideia recuperar o workshop a que se refere a imagem. De facto, a nosso ver, continuamos com um grande défice de conhecimento teórico e prático  ... 
O ponto de partida era este:


terça-feira, 20 de agosto de 2024

«Relatório Síntese do Ministério Público»


 


Sobre o Relatório no jornal Público:

As preocupações ambientais no relatório de atividades do Ministério Público

Os crimes ambientais foram o 4.º fenómeno criminal com maior aumento de inquéritos em 2023, mas só em 10,2% dos casos houve dedução de acusação.  Neste endereço.



quarta-feira, 14 de agosto de 2024

CONTRA A CORRUPÇÃO | CONTINUEMOS COM A «GESTÃO LEGALISTA» | Portaria n.º 185/2024/1, de 14 de agosto - «Aprova o modelo de declaração de inexistência de conflitos de interesses destinada aos membros dos órgãos de administração, dirigentes e trabalhadores das entidades públicas abrangidas pelo Regime Geral da Prevenção da Corrupção»

 Do Preambulo: «(...)No que respeita à existência de situações de conflitos de interesses, o RGPC concretiza o conceito, considerando conflito de interesses qualquer situação em que se possa, com razoabilidade, duvidar seriamente da imparcialidade da conduta ou decisão do membro do órgão de administração, dirigente ou trabalhador, nos termos dos artigos 69.º e 73.º do Código do Procedimento Administrativo (cf. n.º 4 do artigo 13.º). Em consequência, o RGPC insta, no referido artigo 13.º, as entidades públicas a adotar medidas destinadas a assegurar a isenção e a imparcialidade dos membros dos respetivos órgãos de administração, seus dirigentes e trabalhadores e a prevenir situações de favorecimento. Para tal, os membros dos órgãos de administração, dirigentes e trabalhadores das entidades públicas abrangidas devem assinar uma declaração de inexistência de conflitos de interesses, em cada um dos procedimentos em que intervenham respeitantes às seguintes matérias ou áreas de intervenção: contratação pública; concessão de subsídios, subvenções ou benefícios; licenciamentos urbanísticos, ambientais, comerciais e industriais; e procedimentos sancionatórios. (...)». Leia na integra.

E uma pergunta nos assalta: será que já não há legislação que visa os mesmos propósitos? Mais isto: e que instrumentos de gestão - gestão, gestão - poderiam ser (deveriam ser) acionados? Ocorre-nos a ORGAMENTAÇÃO POR PROGRAMAS. Por acaso até está prevista em diplomas. Mas nem seria necessário ... Está provado que a TRANSPARÊNCIA que permite é mesmo uma arma contra a corrupção ... É uma técnica que se aplica a toda a atividade - independentemente da fonte de financiamento. Essa uma das «grandes virtudes»: mostra o conjunto, o todo ... Entretanto, estamos já a visualizar a montanha de DECLARAÇÕES que podem existir em alguns organismos! A seguir com curiosidade, para tentarmos avaliar da eficiência e da eficácia. Claro, em primeira linha no que diz respeito à LUTA CONTRA A CORRUPÇÃO. Mas lá que estamos céticos, lá isso estamos ... «Gerir por decreto», não é o nosso forte ...   

 
  

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Decreto-Lei n.º 49/2024|:«Estabelece as regras de disponibilização de serviços digitais pela Administração Pública»

 




Já agora, coisas que nos «irritam». Como se pode ver  «cidadãos e empresas» - «cidadãos  ou empresas»,  «cidadãos e às empresas» - povoam o diploma. Ora, (e deixando de lado a «narrativa»),  de há muito que o termo ORGANIZAÇÕES substitui EMPRESAS no sentido que pensamos ser o que se pretende no Decreto-Lei acima. Acrescentemos, uma primeira articulação das Organizações: «as com fins lucrativos» - as empresas do mundo dos negócios; «as sem fins lucrativos» - as das Administrações Públicas e as do designado Terceiro Setor. Pois é, assim vamos... São pormenores (mais do que isso a nosso ver) que revelam como nos encontramos na esfera do ensino e aprendizagem  das organizações e da sua gestão. Em particular quanto à GESTÃO PÚBLICA. Tirando partido da ocasião, por exemplo, o que diz a isto a ORDEM DOS ECONOMISTAS?



terça-feira, 6 de agosto de 2024

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

«A música alta pode saber bem, mas tem um preço. Músicos, DJ e técnicos dizem que está instalada em Portugal uma “cultura de não protecção”. Um bom par de tampões auditivos pode ser o nosso melhor amigo num concerto»

 




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De Newsletter do Público: 
«Desejo a todos nós boa sorte para enfrentar a cultura instalada da não protecção. Ainda não paramos na passadeira e também foi difícil começarmos a usar cintos [de segurança nos automóveis]. São regras que nos protegem e que desbaratamos." As palavras são de Fernando Ribeiro, vocalista dos Moonspell, habituado a música alta, muito alta, habituado também a ver noutros países europeus, onde actua com frequência, metaleiros a usufruir dos concertos com tampões nos ouvidos. E em Portugal? Os Moonspell já experimentaram oferecer tampões à entrada de alguns espectáculos. "90% deles ficaram na mesa."
O que estamos a fazer aos nossos ouvidos? Músicos, DJ e técnicos dizem que está instalada em Portugal a filosofia "quanto mais alto melhor". Mas a consciencialização para tomar atitudes preventivas vai crescendo, como conta o jornalista Daniel Dias no trabalho de capa desta edição». Pedro Rios