quinta-feira, 29 de maio de 2025

«O negócio das galerias»

 

Maribel López: “O negócio das galerias na feira é muito privado, mas ano após ano querem voltar”

Diretora da ARCOmadrid e ARCOlisboa diz que feira da capital portuguesa "é uma das mais bonitas do mundo", e que "a experiência de estar no espaço da Cordoaria não é comparável a nenhuma outra feira”. Carla Alves Ribeiro | Publicado a: 29 Mai 2025 (...)»

Ao lermos a notícia acima, quase de impulso, decidimos trazê-la para aqui, para o 3AP. Depois, pensando mais, concluímos que as razões podiam ser várias: desde logo procurar o DN (se calhar ainda não reparou mas em muitos lugares, nomeadamente nas escolas há jornais impressos disponíveis ou permissão para acessos online ) para ler o trabalho. Mais, nem terá presente  esta possibilidade: «Jovens dos 15 aos 18 anos podem subscrever jornais e revistas digitais gratuitamente - gov.pt.» - e quem sabe se já não estiver dentro dessa faixa etária pode pedir para dar uma olhadela a quem subscreveu ou incentivar a isso.    Ainda, é de explorar as possibilidades de acesso que os Orgãos de comunicação social oferecem. E quem sabe,  fazer uma assinatura ...  Tudo modos para ao mesmo tempo se contribuir para a nossa informação mediada por profissionais e para a vida dos jornais e equivalentes que se  sabe não atravessarem uma boa fase. Mas a COMUNICAÇÃO SOCIAL é-nos fundamental!
Bom, contudo no inicio, o que nos ocorreu foi lembrar (uma vez mais)  que nos cursos de economia, gestão, finanças, contabilidade, auditoria, e demais  «da família», estes negócios de que nos fala o DN não são com regularidade chamados para trabalhos ... E é pena. A CULTURA é um setor vibrante e não pode ser esquecido. Em especial, voltemos a  chamar a atenção para a diversidade de Escolas que integram o IPL - Instituto Politécnico de Lisboa... E isso não pode redundar num «somatório» de estabelecimentos de ensino sem sinergia entre eles. A ideia nunca foi essa ...
Ainda, mais este excerto da entrevista à Diretora da ARCO: (...) As galerias de arte portuguesas vão estar em protesto na ARCOlisboa. O IVA a 23% pode afetar a sua competitividade? Do meu ponto de vista pessoal, e não como diretora da feira, acho que sim, que isso afeta, como disse, a competitividade das galerias portuguesas contra os seus colegas dos países europeus com IVA de 7% e 5%. Faz com que o seu trabalho se torne muito mais difícil, as suas possibilidades de sucesso, de promover a arte portuguesa e os seus artistas, em comparação com outras galerias. Mas não é apenas um problema imediato para o negócio. É muito importante entender a importância da arte contemporânea na sociedade. E é nessa lógica que acho que essa reivindicação das galerias também faz muito sentido. Uma sociedade que abraça a arte contemporânea como uma plataforma de reflexão e de ideias para a construção de um futuro melhor. Em Espanha o IVA é de 21%. Coloca-se a mesma questão? Sim, em Espanha o IVA é de 21% e as galerias também estão a pedir uma redução, uma equiparação ao IVA de outros países europeus, seguindo a normativa europeia que permite o IVA reduzido para a cultura. É uma situação muito similar. A ARCOlisboa vai na 8.ª edição. Os objetivos da vinda para Portugal estão a ser alcançados? Os objetivos de uma feira de arte são sempre gerar interesse na arte contemporânea, gerar visibilidade e negócio para os artistas e as galerias. Este projeto, que surgiu no ano 2016, tinha muito a ver com com o dar visibilidade à cena artística portuguesa, também lusófona. E temos dado conta de que, ao longo dos anos de existência da feira, sim, temos conseguido este objetivo, porque as galerias portuguesas estão muito felizes com a feira e nasceram muitas galerias novas. Mas, além disso, há algo muito importante, que é a riqueza da cena artística portuguesa, as instituições, os espaços independentes. É muito interessante para os visitantes, que vêm de todas as partes do mundo, descobrirem a feira e descobrirem a cidade. Toda essa lógica de uma feira de arte, que além do negócio, que é o nosso primeiro nível de sucesso, envolve a compreensão da arte contemporâneo. E acho que estamos a cumprir esses dois objetivos e a crescer com eles, e a conseguir mais galerias jovens que queiram vir, etc. Acho que essa visibilidade que era tão importante está conseguida. Tem números sobre o valor das transações na feira e de como tem evoluído? O negócio das galerias na feira é muito privado. Na feira acontecem várias coisas.  Há obras que se vendem no instante e há conversas que, talvez, comecem na ARCO, em Lisboa, e acabam noutra feira, em setembro. Esse valor, na verdade, não temos. O que temos é o compromisso das galerias, a fidelidade das galerias que, ano após ano, querem voltar. Mas, na realidade, como é um negócio privado, não temos esse dado da venda (...)».


 

quarta-feira, 28 de maio de 2025

«À Pala de Camões»

 



De lá:

«CICLO
À Pala de Camões


 
O professor e escritor Hélder Macedo, no documentário de Renata Sancho intitulado simplesmente LUÍS DE CAMÕES, realizado no âmbito do concurso “Os Grandes Portugueses” e que integra este Ciclo, começa por defender que o poeta “tem sido usado, ao longo dos séculos, para simbolizar as mais contraditórias ideologias: a fé, o império, a República, a ditadura de Salazar, as guerras coloniais, e agora até a nossa atual democracia – o que sempre é melhor”. O investigador serve-se disto para afirmar que, independentemente de toda a ganga ideológica com que se procurou recobrir Camões, este é – a seu ver – “o pioneiro da moderna consciência universalista” acrescentando que “na obra de Camões há uma conceção globalista do mundo, baseada no encontro entre diferenças.” Assim, como entender Camões no ano em que comemoram os 500 anos do seu nascimento? A resposta talvez esteja na dialética proposta por Jorge de Sena, um dos maiores camonianos do século XX. Diz o escritor, no programa da série “A Ideia e a Imagem”, emitido a 10 de junho de 1977 na RTP (e igualmente incluído neste Ciclo), que “para ler qualquer autor que não é contemporâneo há que colocá-lo na sua perspetiva histórica sem distorcer aquilo que ele podia ser na época em que viveu e, embora possa parecer uma contradição (porque todo o conhecimento literário é dialético), há que lê-lo [também] com os olhos de hoje, como se ele fosse nosso contemporâneo. (…) [E, de facto,] Camões é um autor contemporâneo!” (...)». Continue.


domingo, 25 de maio de 2025

NUNO CRATO |«O Manual Escolar»

 



SINOPSE

O manual escolar, seja impresso ou digital, é um poderoso instrumento de estudo e uma ajuda inestimável a alunos, professores e pais. Quando bem concebido, e bem utilizado por docentes e discentes, ajuda a aprendizagem profunda, a assimilação e uso dos conceitos, o treino de procedimentos e a compreensão crítica das matérias.
Mas será que todos os manuais servem bem os seus propósitos? Como podemos avaliar e escolher um bom manual? E será que todos os professores os usam da melhor maneira e ajudam os seus alunos a retirar deles o maior proveito? Finalmente, será que todos os estudantes sabem utilizar os manuais como instrumento prático de estudo eficaz e de aprendizagem ativa?
Este livro explora o papel fundamental do manual escolar no ensino, mergulhando na sua história, evolução e nas suas funções no contexto educativo moderno. Nuno Crato examina a relação entre o currículo e os manuais, defendendo um ensino estruturado que promova o conhecimento de forma progressiva, e reflete sobre as críticas aos manuais tradicionais e as tendências para recorrer a materiais dispersos, argumentando que,  quando bem concebidos e utilizados, os manuais têm um impacto decisivo no sistema educativo. Saiba mais.


terça-feira, 20 de maio de 2025

ESTÁ A DECORRER | «Open Gov Week 2025»

 


«De 19 a 23 de maio, celebramos a Open Gov Week 2025 — uma semana global dedicada à partilha de ideias e ações que promovem a transparência, participação, inovação pública e responsabilização.
A Open Government Partnership (OGP) assenta na ideia de que um governo aberto é mais acessível, responsivo e responsável perante os cidadãos.

 No dia 23 de maio vamos conhecer melhor a Rede Nacional de Administração Aberta e os compromissos do Plano de Ação Nacional e como estar envolvido/a nas próximas iniciativas. (...)». Saiba mais.



quarta-feira, 14 de maio de 2025

INSTRUMENTOS DE GESTÃO MODERNA | «Tal reforma pretende dotar o setor público de instrumentos de gestão moderna que permitam uma melhoria dos serviços em simultâneo com um aumento da eficiência e eficácia da despesa pública»| A PERGUNTA: QUAIS SÃO ESSES INSTRUMENTOS?




Foi a publicação deste  Despacho - «FINANÇAS | Entidade Orçamental Despacho n.º 5465/2025 | Sumário: Processo de transição da Direção-Geral do Orçamento para a Entidade Orçamental - no DR de hoje que nos (re)lembrou o Decreto - Lei nº. 53/2025 da imagem. E voltamos ao assunto que tanto nos ocupa - a Reinvenção do nosso Aparelho Estatal. Desde logo, tirando uns «soundbites», verdadeiramente o problema, como tantos outros essenciais, não  foi abordado na Campanha Eleitoral em curso. Podíamos pegar no que sublinhamos acima para desmontar o que nos vai sendo transmitido. De facto, atentemos na passagem (e podiam ser outras), ou seja nesta: «Tal reforma pretende dotar o setor público de instrumentos de gestão moderna que permitam uma melhoria dos serviços em simultâneo com um aumento da eficiência e eficácia da despesa pública». Será que nos podiam listar quais são esses instrumentos de gestão? E apetece uma vez mais perguntar e por aí começar: e quais são os modelos que estão a ser seguidos na elaboração dos diplomas orgânicos? Uma coisa percebe-se, eventualmente sem darem por isso: a GESTÃO LEGALISTA DE VOLTA EM TODA A FORÇA. Nem sequer nos apresentam a MISSÃO em meia dúzia de palavras, muito menos a VISÃO de maneira a poder ser impressa numa TShirt (é verdade é muitas vezes assim que se explica em sala de aula ...). E ali temos um albergue, tipo tudo «ao molho e fé em Deus»,  de missão, de atribuições, onde ausentes a visão já referida, e as competências (ora, como é que os «legalistas» podem abdicar disso?). E já agora, (no pressuposto de que se consegue identificar o formato técnico que andará por lá ...), onde está a RESPONSABILIDADE SOCIAL? É verdade, o pacote que parece estar na base seria este: VISÃO, MISSÃO, RESPONSABILIDADE SOCIAL, OBJETIVOS. .. Bom, até nos custa estar a perorar sobre estas coisas ... Aqui não será o espaço mais adequado. O certo é voltarmos ao caminho que nos leve a ESCOLAS DE GESTÃO PÚBLICA dignas desse nome. Não para se mimetizar o passado, mas para se ensinar e aprender, e investigar, a GESTÃO PÚBLICA MODERNA  que se identifique com o paradigma DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. 
E até nos apetece lembrar  as  «instituições eficazes» dos ODS, e o Relatório Integrado, e ... Imagens que ajudarão a mostrar no que estamos a pensar: 







A rematar,  cá temos a UNILEO a mudar de sitio, sem que se tenha dado por ela na implementação generalizada da LEI DO ENQUADRAMENTO ORÇAMENTAL nomeadamente no que se refere à ORÇAMENTAÇÃO POR PROGRAMAS ... Ao RELATÓRIO INTEGRADO, e ...   Ainda sobre a UNILEO no Decreto-Lei 53/2025:



uma pequena nota - neste artigo 15 temos «competências», num anterior «atribuições» ... Será que na lógica interna do diploma há diferenças? Longe irá o tempo em que estas coisas eram vistas «à lupa». As boas técnicas, modernas e antigas, a isso levavam. Uma questão de qualidade. 

*
*  * 
Não, não é saudosismo, mas faz bem lembrar quando se devorava a literatura que tínhamos e se reinventava em andamento.



Ah!, ISCAL, não te deixes ficar para trás ...
 

terça-feira, 13 de maio de 2025

ARTES E CULTURA _ NA ESFERA DO PROFISSIONAL | em Portugal podia/devia ser matéria de debate nas eleições em curso nomeadamente pelo emprego que o setor gera ... | OLHEMOS PARA A REALIDADE DE OUTROS ! | ATRAVÉS DE ANÚNCIOS DE «JOBS»

 



Em especial, o Instituto Politécnico de Lisboa de que o ISCAL faz parte não pode alhear-se  da matéria. E aproveite-se para sugerir, uma vez mais, que se recuperem esforços passados em torno da iniciativa «OEGANIZAÇÕES CULTURA & ARTES» que envolvia todas as Escolas do IPL que tinha ido beber a Seminário do ISEG. Lembremos através de imagens:




sábado, 3 de maio de 2025

COLUMBIA CLIMATE SCHOOL | «Why Climate Finance Is Key To Fighting Climate Change»

 


«2024 was the hottest year on record. Around the world, 151 unprecedented extreme weather events devastated countries around the planet, including heat waves in Japan and Iran, floods in Italy, Pakistan, Poland and Brazil, and typhoons in Vietnam and the Philippines. Massive sums of money are needed to mitigate these and other climate disasters and to prepare for what’s on the horizon. 

Climate finance is key: to help developing countries adapt to climate impacts and reduce their carbon emissions, the public and private sectors and other financial institutions must work together to harness funds needed for such an enormous undertaking.  

To address this need, the Columbia Climate School has introduced a new Master of Science in Climate Finance program, in partnership with the Columbia Business School, to begin fall 2025. Led by Lisa Sachs, director of the Columbia Center on Sustainable Investment, it is a one-year professional degree program for both early-career and experienced professionals. The program will enable students to understand the science and impacts of climate change, assess its risks and opportunities, understand the financing imperatives, and consider implications for both policy and financial institutions. Because it’s estimated that about $5 to $10 trillion annually will be needed to decarbonize the global economy, in addition to the mounting costs of adaptation, the climate finance sector will be increasingly important in years to come.

The good news? There’s enough money to solve the crisis. “With around $30 trillion in global savings annually, there is more than enough capital to fund the global transition,” said Sachs, an expert on how laws, policies and business shape global investment flows. (...)».




Columbia Climate School’s M.S. in Climate Finance is a one-year degree combining courses in climate science, adaptation and mitigation strategies, energy and infrastructure financing, regulatory frameworks and more. Developed in close collaboration with the Columbia Business School, the degree will drive impactful solutions to the climate crisis through advanced financial tools and scientific knowledge.

(...)






sexta-feira, 2 de maio de 2025

FILME | «O Lugar do Trabalho»




SINOPSE
A administração de uma fábrica em Tarento, Itália, decide contratar Caterino, um homem rude e pouco qualificado, para espiar os colegas de trabalho e denunciar os nomes dos que estejam ligados a actividades sindicais ou que considere mais dispensáveis. Inicialmente, Caterino sente-se numa posição privilegiada em relação aos colegas, usufruindo das contrapartidas oferecidas. Contudo, com o passar do tempo, apercebe-se de que não é mais do que uma peça descartável na engrenagem e de que foi manipulado pelo sistema opressor da empresa. 
Este drama, que aborda exploração, desigualdade e resistência no trabalho, marca a estreia como realizador do actor Michele Riondino. PÚBLICO


Ainda do jornal Público:

«O Lugar do Trabalho: nascimento de uma consciência (de classe)
O cinema italiano a redescobrir as histórias (ou a História) dos operários. O Lugar do Trabalho (o título português possível para um original italiano que é a intraduzível designação de um lugar preciso) baseia-se em factos verídicos sucedidos no final dos anos 90 em Taranto, no Sul do país, que se tornaram uma “causa célebre” no historial moderno dos abusos laborais em Itália.
 O Lugar do Trabalho: nascimento de uma consciência (de classe)
Uma siderurgia que muda de mãos, e a nova gerência quer renegociar contratos (em termos desfavoráveis para os trabalhadores), arranjar maneira de forçar os operários a aceitar a renegociação ou a ir embora de moto-próprio — e assim os mais renitentes, ou mais imbuídos de consciência “sindical”, são postos a trabalhar num edifício (é isso, a Palazzina Laf) onde há muito pouco para fazer, laboralmente falando, e as condições são deploráveis. (...)». Se tiver acesso veja aqui.




segunda-feira, 21 de abril de 2025