quarta-feira, 20 de agosto de 2025

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

AS «ORDENS PROFISSIONAIS» E AS «ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS»

 


A iniciativa baseia-se no reconhecimento de que os arquitectos da Administração Pública desempenham funções técnicas e estratégicas de “elevada complexidade”, com impacto directo no ordenamento do território, na segurança e salubridade das construções, na preservação do património edificado e na qualidade de vida das populações


A Plataforma referida no artigo

«Ordem dos Arquitectos está especialmente empenhada em promover o reconhecimento da atividade específica e especial dos Arquitetos da Administração Pública. Nesse desígnio, a Plataforma Integrada de Arquitetos da Administração Pública (PIAAP) pretende ser um espaço privilegiado para o diálogo, a reflexão e o encontro de todos aqueles que integram esta comunidade de profissionais da arquitetura ao serviço do Estado, ao nível central, regional e local. (...)». Continue a ler.

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Outra posição na circunstância 
empurrada pela tragédia dos fogos

«A Ordem garante ainda estar “totalmente disponível” para colaborar com as entidades públicas competentes

A Ordem dos Advogados, através de um comunicado divulgado este domingo, anunciou a criação de uma Bolsa de Advogados Voluntários destinada a prestar aconselhamento e apoio jurídico gratuito às vítimas dos incêndios rurais que têm devastado várias regiões do país.
A iniciativa surge numa altura em que Portugal enfrenta “uma das piores vagas de incêndios dos últimos anos”, segundo a instituição, com registo já de uma vítima mortal e de elevados prejuízos materiais. (...)». Leia na integra.   E no site da Ordem: «Comunicado | OA Cria Bolsa de Advogados para Apoio às Vitimas dos Incêndios Rurais» - aqui.

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Neste ambiente, focados no trabalho das Ordens com as Administrações, no serviço que se deve à Sociedade,  de que as imagens acima nos falam, além da urgência reclamada pela tragédia dos fogos,  muito poderíamos sistematizar bastando seguir a comunicação social. Mas também poderemos assinalar ausências. Por exemplo, faz-nos falta saber o que pensam de forma aberta: Ordem dos Revisores Oficiais de Contas; Ordem dos Contabilistas Certificados; Ordem dos Economistas; ... No caso dos Economistas em diversas ocasiões temos alertado para a criação de um Colégio de Especialidade  na esfera da Gestão Pública. Por outro lado, parece-nos de uma evidência cristalina que matérias tão relevantes como «Reforma da Administração/ Reforma do Estado»; «Transparência e Luta Contra a Corrupção»; «Orçamentação por Programas»; «Prestação de contas - o Relatório integrado»; «Paradigma Desenvolvimento Sustentável»; ... exigem que aquelas Ordens e certamente outras tomem posição. Por exemplo, eventualmente, além dos arquitetos, outras CARREIRAS ESPECIFICAS se justificarão ... E talvez seja de começar por produzir memória sobre o que se passou neste domínio com o «25 de abril» ...  
Voltando à narrativa que vinha a ser seguida, até fará sentido voltar a este post anterior. De lá:




Sumarizando, as «ORDENS» ainda terão muito espaço de progressão... E o tempo é de URGÊNCIA.

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Ainda,  lembrar que existe o Conselho Nacional das Ordens Profissionais
Como se pode ler no seu site:

«A função das ordens profissionais
As Ordens Profissionais são associações profissionais de direito público e de reconhecida autonomia pela Constituição da República Portuguesa, criadas com o objetivo de promover a autorregulação e a descentralização administrativa, com respeito pelos princípios da harmonização e da transparência.
As Ordens Profissionais são criadas prioritariamente com vista à defesa dos direitos fundamentais dos cidadãos e à salvaguarda do interesse público, o que é atingido pela autorregulação de profissões cujo exercício exige autonomia técnico funcional e independência, bem como capacidade técnica.(...)». Continue a ler.


sexta-feira, 15 de agosto de 2025

VOLTEMOS AO SEMINÁRIO «OGP Lisboa»

 




captura da apresentação do participante por parte da OGP
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Como tínhamos prometido já assistimos ao vídeo do seminário aqui em causa. E podíamos ficar por isto: parece ter sido um encontro «simpático», pelas  imagens  e pelo que se ouviu, a nosso ver, centrou-se numa reunião de trabalhadores da CML que ficaram a conhecer-se melhor e a saber do que se está a desenvolver sob a etiqueta «OGP - Open Government Partnership». Continuando na nossa leitura,  na essência o que foi adiantado, como dizer, faz parte do conhecimento básico de qualquer cidadão/ã adulto/a por experiência pessoal no contacto com a CML. Ou seja, ilustrando, não se precisa de «inquéritos» e afins para se saber grande parte do que foi apresentado. Numa dimensão mais técnica, a matéria é abordada em qualquer curso  sobre os assuntos falados. Mais, por exemplo, ainda se encontrarão brochuras institucionais produzidas na esfera das Administrações Públicas sobre o atendimento e demais matérias afloradas,  com ou sem as TICs «ao barulho»... Tentando sumarizar, sem se perceber (a culpa certamente é nossa) o que verdadeiramente esteve na base deste «projeto» a partir do OGP, ao que nos foi dado observar, na nossa avaliação, faltou «adrenalina» - parecia que nem os intervenientes apostavam muito no futuro do que ali estava a acontecer...
Mas querendo-se rendibilizar o tempo despendido - a partir do que o vídeo acima nos proporciona; atentando nos serviços e protagonistas que nos são dados  conhecer pelo Programa do seminário; ao refletir a informação proveniente de incursões a que fomos compelida nos sites da CML; ao valorizar-se a experiência pessoal e de outros e outras; ao lembrar-se o que a comunicação social vai cobrindo; explorando-se posições que se vão conhecendo das diferentes forças partidárias; ou ao ... - ousemos algumas reflexões. Assim:
  • Desde logo, como nos foi lembrado por Jose Maria Marin, (ver imagem acima) o OGP é antes de mais um CONCEITO, e por conseguinte tem de estar em «toda a parte», ou seja, no ADN de todos os serviços e de cada um dos trabalhadores da CML. Não nos parece que deva ficar «aprisionado» num departamento, sem  prejuízo de que haja «unidades orgânicas» para o impulsionarem mas com uma filosofia de intervenção bem clara assente em valores estratégicos ... Desenvolvendo técnicas de «transversalidade»
  • Indo ao site oficial da CML, confessemos, ficamos perdidos:

Não percebemos a lógica daquela «arrumação». Concentramo-nos no que está designado (em rodapé?) por «ECOSISTEMA» - o que será que isto quer dizer? -  e seguimos a «Transparência» ... Em dado momento quase encontrando sem procurar «PLANOS»:


E cadê «a transparência e prevenção da corrupção»? Não é obrigatório? . Desistimos. Mas um verdade incontestável: hoje não há GOVERNAÇÃO ABERTA - e recordemos a equacionada no tempo de OBAMA  em TRANSPARENTE - COLABORATIVA _ PARTICIPATIVA - sem uma presença na WEB tecnicamente irrepreensível e atrativa. E neste tempo DIGITAL o «site» já é o relatório. 

  •  Quase desde início do vídeo do seminário,  uma interrogação se impôs: qual o universo que está a ser considerado? São apenas os digamos «serviços centrais da Câmara», ou estão a ser consideradas EMPRESAS MUNICIPAIS e equivalentes. E mesmo as FREGUESIAS.  E mesmo todo o APARELHO ESTATAL. Não será por acaso que a AMA participou no seminário. Tentando-se clareza: experimentem apresentar um «problema» na plataforma da EMEL e vejam onde isso nos pode levar ...
  • Estamos em crer que qualquer munícipe o que gostaria de perceber  é como  todas estas matérias estão ligadas e organicamente como estão resolvidas, e em que processos assentam. Sem  esgotar:  Orçamento Participativo; Relação com o Munícipe e Participação; Transparência e prevenção da corrupção;  Plataformas digitais; Provedorias; Conselho de Cidadãos; etc. etc. ...   
  •  Em especial, reparámos no que foi adiantado  e tinha a ver com os «apoios à cultura». Sem se pôr em causa o empenho dos trabalhadores em fazer melhor, aqui está uma «frente» que merece outra abordagem. Mais densa. Mais articulada, a atravessar todo o UNIVERSO MUNICIPAL  alargando-se à ADMINISTRAÇÃO CENTRAL. Que vise um SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA, e não esqueça  o garantido pelo JOGO DO MERCADO. Mas de maneira harmoniosa... Lembremos o «Tribeca» ...
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Já agora, a partir do livro da imagem, e em atmosfera de Eleições Autárquicas, o abordado no Seminário OGP Lisboa direta e indiretamente tem sido refletido num ciclo de conversas. Pela nossa parte, de entre o que temos adiantado: AS ATIVIDADADES - MEIO das AUTARQUUIAS têm de voltar a estar em AGENDA. Negar a «gestão legalista» voltando à «frescura» que nos trouxe abril. Ou seja à «GESTÃO PÚBLICA» que tem fundamento científico e técnico. A ACADEMIA tem de vir à liça: criar e reinventar cursos ... 
Alô ISCAL!  



terça-feira, 12 de agosto de 2025

«To fight inequality, spread the equity around»

 

Aug. 9, 2025

PUBLISHED BY

THE BERGGRUEN INSTITUTE

What The MAGA Congress Got Right


To fight inequality, spread the equity around.

NATHAN GARDELS

EDITOR-IN-CHIEF





Começa assim: «A decade ago, the French economist Thomas Piketty published “Capital In The 21st Century,” a blockbuster screed against the rich getting richer. In that weighty tome, he encapsulated the dynamic of steadily increasing inequality with the formula r > g: the compounded rate of return on capital is greater than the rate of economic growth. 
In short, the inequality gap inexorably grows over time between those who own capital assets that appreciate in value, especially financial assets, and those who work and live paycheck to paycheck.
In a recent University of Chicago Journal of Political Economy study, Moritz Kuhn, Moritz Schularick and Ulrike I. Steins traced the growth of wealth inequality in America from 1949 to 2016. They pointed out the central importance of portfolio composition in creating the wealth gap. While working families have little savings for investment, middle-class portfolios are dominated by housing, while rich households mostly own business equity. (...)».



quinta-feira, 7 de agosto de 2025

IFRS SYMPOSIUM |«This year’s IFRS Sustainability Symposium is focused on topics that will benefit both users and preparers on the journey of implementing ISSB Standards. The event will feature inspiring keynotes, informative presentations on the ISSB’s work, expert panel discussions and opportunities for peer discussions« | AGENDA DISPONÍVEL

 




«Agenda highlights include: 

  • Panel discussion: Strategic benefits of adopting ISSB Standards from corporate, investor and regulatory perspectives 
  • Fireside chat: Why connectivity with financial statements matters and how it works 
  • Panel discussion: Enhancing industry-based disclosure standards  
  • Panel: Sustainability information that supports decision making 

This year we are pleased to introduce breakout sessions that delve deeper into the technical aspects of sustainability disclosure. The roundtable discussion session, one of the most popular features of past symposia, will return as part of the breakouts. Both in-person and virtual attendees are welcome to participate in this knowledge-sharing opportunity».  




sábado, 2 de agosto de 2025

BRUNO MAÇÃES | «Construtores de Mundos _ A Tecnologia e a Nova Geopolítica»

 


SINOPSE
A política mundial mudou, afirma Bruno Maçães. A geopolítica deixou de ser simplesmente uma competição pelo controlo territorial: nesta era de alta tecnologia, transformou-se numa competição para criar o território.
As grandes potências procuram construir um mundo habitado por outros Estados, conservando ao mesmo tempo a capacidade para mudar as regras ou o estado do mundo sempre que seja necessário. Num momento em que os antigos conceitos já não funcionam, este livro visa introduzir uma teoria radicalmente nova acerca da política mundial e da tecnologia.
Entendidos como uma «construção do mundo», os acontecimentos mais importantes dos nossos conturbados tempos surgem subitamente ligados e é revelada a sua lógica interna: as guerras tecnológicas entre a China e os Estados Unidos, a pandemia, a guerra na Ucrânia e a transição energética.
Em conclusão, Maçães considera o futuro mais distante, em que o metaverso e a inteligência artificial se transformam no mundo - um mundo que as grandes potências têm de se esforçar por construir e controlar. Saiba mais.


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Sobre o livro na Newsletter do Expresso «Conversas ao ouvido» acabada de receber, em Clica, mas pensa: saber o básico já não chega

«(...)


Bruno Maçães é um filósofo, escritor e ex-político português. Foi Secretário de Estado dos Assuntos Europeus entre 2013 e 2015. É doutorado em Ciência Política por Harvard e autor de vários livros sobre geopolítica e o futuro da ordem mundial.

(...)

Enquanto não leio a obra, tenho ouvido com muito interesse as entrevistas que Maçães tem dado em Portugal:

  • a Daniel Oliveira, no podcast Perguntar Não Ofende, fala sobre as consequências do trumpismo, o papel transformador da China e o possível colapso da ideia de “Ocidente”
  • e na RTP, na Grande Entrevista, a falar do ataque dos EUA ao Irão, entre muitos outros temas de geopolítica e soberania

Rui Tavares, que já leu o livro, escreve sobre ‘Construtores de Mundos’ no Expresso:

“A tecnologia passou a ser o verdadeiro objeto da geopolítica, destronando o lugar que antes cabia ao território. Mais ainda: essa revolução pode ser levada até ao extremo no qual vivamos num território virtual, tecnologicamente concebido e gerado para ser dominado por uma (ou outra) superpotência. EUA e China são os principais candidatos a exercer a hegemonia nessa nova era geopolítica determinada pela tecnologia. Para quê controlar o território quando se pode criar o próprio território?

Maçães desafia o leitor a pensar o mundo como algo que pode ser construído e não apenas controlado e Tavares destaca que Maçães vê a política moderna quase como um jogo imaginário, onde quem consegue criar uma realidade convincente ganha vantagem estratégica.

Será para aí que caminhamos? O Metaverso somos nós?

[… pausa dramática para inserir aqui um som assustador…]

JB: Woolf, tenho perguntas para te fazer. Produção de chipes, drones, inteligência artificial, ciberguerra, comércio global, moedas digitais, apps, chatbots, inovação tecnológica são alguns dos termos que já entraram nas nossas conversas e vieram para ficar. O que é que o cidadão comum precisa urgentemente de saber para se sentir protegido em relação a estas questões?

(...)».