SINOPSE
A política mundial mudou, afirma Bruno Maçães. A geopolítica deixou de ser simplesmente
uma competição pelo controlo territorial: nesta era de alta tecnologia,
transformou-se numa competição para criar o território.
As grandes potências procuram construir um mundo habitado por outros Estados,
conservando ao mesmo tempo a capacidade para mudar as regras ou o estado do
mundo sempre que seja necessário. Num momento em que os antigos conceitos já
não funcionam, este livro visa introduzir uma teoria radicalmente nova acerca
da política mundial e da tecnologia.
Entendidos como uma «construção do mundo», os acontecimentos mais importantes
dos nossos conturbados tempos surgem subitamente ligados e é revelada a sua
lógica interna: as guerras tecnológicas entre a China e os Estados Unidos, a
pandemia, a guerra na Ucrânia e a transição energética.
Em conclusão, Maçães considera o futuro mais
distante, em que o metaverso e a inteligência artificial se transformam no
mundo - um mundo que as grandes potências têm de se esforçar por construir e
controlar. Saiba mais.
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Sobre o livro na Newsletter do Expresso «Conversas ao ouvido» acabada de receber, em Clica, mas pensa: saber o básico já não chega
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| | Bruno Maçães é um filósofo, escritor e ex-político português. Foi Secretário de Estado dos Assuntos Europeus entre 2013 e 2015. É doutorado em Ciência Política por Harvard e autor de vários livros sobre geopolítica e o futuro da ordem mundial. |
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Enquanto não leio a obra, tenho ouvido com muito interesse as entrevistas que Maçães tem dado em Portugal: - a Daniel Oliveira, no podcast Perguntar Não Ofende, fala sobre as consequências do trumpismo, o papel transformador da China e o possível colapso da ideia de “Ocidente”
- e na RTP, na Grande Entrevista, a falar do ataque dos EUA ao Irão, entre muitos outros temas de geopolítica e soberania
Rui Tavares, que já leu o livro, escreve sobre ‘Construtores de Mundos’ no Expresso: “A tecnologia passou a ser o verdadeiro objeto da geopolítica, destronando o lugar que antes cabia ao território. Mais ainda: essa revolução pode ser levada até ao extremo no qual vivamos num território virtual, tecnologicamente concebido e gerado para ser dominado por uma (ou outra) superpotência. EUA e China são os principais candidatos a exercer a hegemonia nessa nova era geopolítica determinada pela tecnologia. Para quê controlar o território quando se pode criar o próprio território?” Maçães desafia o leitor a pensar o mundo como algo que pode ser construído e não apenas controlado e Tavares destaca que Maçães vê a política moderna quase como um jogo imaginário, onde quem consegue criar uma realidade convincente ganha vantagem estratégica. Será para aí que caminhamos? O Metaverso somos nós? [… pausa dramática para inserir aqui um som assustador…] JB: Woolf, tenho perguntas para te fazer. Produção de chipes, drones, inteligência artificial, ciberguerra, comércio global, moedas digitais, apps, chatbots, inovação tecnológica são alguns dos termos que já entraram nas nossas conversas e vieram para ficar. O que é que o cidadão comum precisa urgentemente de saber para se sentir protegido em relação a estas questões? (...)». |
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