sábado, 2 de agosto de 2025

BRUNO MAÇÃES | «Construtores de Mundos _ A Tecnologia e a Nova Geopolítica»

 


SINOPSE
A política mundial mudou, afirma Bruno Maçães. A geopolítica deixou de ser simplesmente uma competição pelo controlo territorial: nesta era de alta tecnologia, transformou-se numa competição para criar o território.
As grandes potências procuram construir um mundo habitado por outros Estados, conservando ao mesmo tempo a capacidade para mudar as regras ou o estado do mundo sempre que seja necessário. Num momento em que os antigos conceitos já não funcionam, este livro visa introduzir uma teoria radicalmente nova acerca da política mundial e da tecnologia.
Entendidos como uma «construção do mundo», os acontecimentos mais importantes dos nossos conturbados tempos surgem subitamente ligados e é revelada a sua lógica interna: as guerras tecnológicas entre a China e os Estados Unidos, a pandemia, a guerra na Ucrânia e a transição energética.
Em conclusão, Maçães considera o futuro mais distante, em que o metaverso e a inteligência artificial se transformam no mundo - um mundo que as grandes potências têm de se esforçar por construir e controlar. Saiba mais.


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Sobre o livro na Newsletter do Expresso «Conversas ao ouvido» acabada de receber, em Clica, mas pensa: saber o básico já não chega

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Bruno Maçães é um filósofo, escritor e ex-político português. Foi Secretário de Estado dos Assuntos Europeus entre 2013 e 2015. É doutorado em Ciência Política por Harvard e autor de vários livros sobre geopolítica e o futuro da ordem mundial.

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Enquanto não leio a obra, tenho ouvido com muito interesse as entrevistas que Maçães tem dado em Portugal:

  • a Daniel Oliveira, no podcast Perguntar Não Ofende, fala sobre as consequências do trumpismo, o papel transformador da China e o possível colapso da ideia de “Ocidente”
  • e na RTP, na Grande Entrevista, a falar do ataque dos EUA ao Irão, entre muitos outros temas de geopolítica e soberania

Rui Tavares, que já leu o livro, escreve sobre ‘Construtores de Mundos’ no Expresso:

“A tecnologia passou a ser o verdadeiro objeto da geopolítica, destronando o lugar que antes cabia ao território. Mais ainda: essa revolução pode ser levada até ao extremo no qual vivamos num território virtual, tecnologicamente concebido e gerado para ser dominado por uma (ou outra) superpotência. EUA e China são os principais candidatos a exercer a hegemonia nessa nova era geopolítica determinada pela tecnologia. Para quê controlar o território quando se pode criar o próprio território?

Maçães desafia o leitor a pensar o mundo como algo que pode ser construído e não apenas controlado e Tavares destaca que Maçães vê a política moderna quase como um jogo imaginário, onde quem consegue criar uma realidade convincente ganha vantagem estratégica.

Será para aí que caminhamos? O Metaverso somos nós?

[… pausa dramática para inserir aqui um som assustador…]

JB: Woolf, tenho perguntas para te fazer. Produção de chipes, drones, inteligência artificial, ciberguerra, comércio global, moedas digitais, apps, chatbots, inovação tecnológica são alguns dos termos que já entraram nas nossas conversas e vieram para ficar. O que é que o cidadão comum precisa urgentemente de saber para se sentir protegido em relação a estas questões?

(...)».