segunda-feira, 6 de agosto de 2012

HIROSHIMA

«Na manhã deste 6 de agosto, a cidade de Hiroshima no Japão lembrou os 67 anos da bomba atómica lançada pelos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.
Dezenas de milhares de pessoas se reuniram logo cedo no Parque da Paz de Hiroshima, que fica no centro da cidade. Às 8:15 da manhã, momento em que a bomba foi lançada em 1945, o Sino de Paz bateu 8 vezes. O som do sino ecoava por todo o parque Enquanto as pessoas faziam um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.
O prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, fez a Declaração de Paz na cerimônia. Homenageou vítimas da bomba atómica e apelou ao governo japonês para aprender com a lição do acidente da usina nuclear em Fukushima, estabelecendo imediatamente uma política energética confiável e segura.
O primeiro-ministro japonês Yoshihiko Noda também fez um discurso na cerimônia, dizendo que as pessoas não devem se esquecer do desastre provocado pela bomba atômica. Ele jurou, em nome do governo japonês, que o governo continuará a observar a Contituição e insistir nos Três Princípios sobre a questão Nuclear, visando um mundo livre de armas nucleares e sempre pacífico».
E para quem não conhece, lembrei-me de chamar para aqui:
Nambuangongo Meu Amor
 
Em Nambuangongo tu não viste nada
não viste nada nesse dia longo longo
a cabeça cortada
e a flor bombardeada
não tu não viste nada em Nambuangongo

Falavas de Hiroxima tu que nunca viste
em cada homem um morto que não morre.
Sim nós sabemos Hiroxima é triste
mas ouve em Nambuangongo existe
em cada homem um rio que não corre.

Em Nambuangongo o tempo cabe num minuto
em Nambuangongo a gente lembra a gente esquece
em Nambuangongo olhei a morte e fiquei nu. Tu
não sabes mas eu digo-te: dói muito.
Em Nambuangongo há gente que apodrece.

Em Nambuangongo a gente pensa que não volta
cada carta é um adeus em cada carta se morre
cada carta é um silêncio e uma revolta.
Em Lisboa na mesma isto é a vida corre.
E em Nambuangongo a gente pensa que não volta.

É justo que me fales de Hiroxima.
Porém tu nada sabes deste tempo longo longo
tempo exactamente em cima 
do nosso tempo. Ai tempo onde a palavra vida rima 
com a palavra morte em Nambuangongo.
 Manuel Alegre
Que fui buscar aqui.

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