sábado, 19 de julho de 2008

Nelson Mandela


Por mera coincidência, estava na Á frica do Sul quando Nelson Mandela foi libertado. Foi das atmosferas mais festivas que vivi ao longo da minha vida, comparada com a que tinha sentido no nosso 25 de Abril. Em ambas as situações pairava também a preocupação. Mandela está a fazer 90 anos. E o mundo aproveita a ocasião para o homenagear. Associemo-nos ao acontecimento.

A notícia de hoje do Jornal Público sobre este momento:

Mandela pede que ricos ajudem os pobres na África do Sul
19.07.2008, Jorge Heitor
Festejos em família dos 90 anos daquele a quem Tutu chamou o "mais admirado estadista do mundo"
Nelson Mandela, o primeiro Presidente negro da África do Sul, aproveitou ontem o dia do seu 90.º aniversário, na aldeia natal, Qunu, 960 quilómetros a sul de Joanesburgo, para pedir aos ricos que façam mais pelos pobres: "Quando se é pobre, não se consegue viver até tarde", disse entre apelos para o fim das desigualdades no seu país. "Há muitos ricos na África do Sul e podem partilhar as suas riquezas com os que não têm a hipótese de sair da pobreza."Ao celebrar no mesmo dia o déci-mo aniversário do seu casamento com a moçambicana Graça Machel, Mandela passou o dia com a família, na província do Cabo Oriental, onde se organizou um torneio de futebol, um concerto pop e um almoço para 500 políticos, antigos combatentes da luta contra o apartheid e outros convidados. "Ele é simplesmente um marido maravilhoso... e juntos apreciamos cada dia como se fosse o último", disse a ex-primeira-dama da África do Sul e de Moçambique. O antecessor de Mandela, e último Presidente branco, Frederik de Klerk, referiu-se-lhe como uma das maiores figuras deste último século e os correios sul-africanos lançaram uma emissão especial de dois milhões de selos. "Nelson Mandela usou o seu charme pessoal... para moldar as nossas várias comunidades numa nação multicultural emergente", disse Frederik de Klerk. O arcebispo anglicano Desmond Tutu, tal como os dois ex-presidentes distinguido com um Nobel da Paz, afirmou: "Tornou-se o mais admirado estadista do mundo, um ícone do perdão e da reconciliação, um colosso moral".O sucessor, Thabo Mbeki, considerou que "a sua vida e trabalho corporizam o que os seres humanos devem ser". E o novo líder do ANC, Jacob Zuma, proclamou: "Viva a mágica de Madiba" (nome tradicional).Sob o título de Hunger for Freedom, foi lançado um livro, da antropóloga Anna Trapido, que se apresenta como uma "história gastro-política" do homenageado, explicando o seu gosto muito especial pela comida indiana e africana: o seu primeiro jantar, ao sair da cadeia, em Fevereiro de 1990, foi caril de frango; e quando assumiu a chefia do Estado deu instruções para que o mordomo responsável pelas residências presidenciais fosse alguém que soubesse cozinhar biryani, um prato de arroz da Ásia Meridional.

Para se manter a par veja Nelson Mandela Foundation

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