sexta-feira, 20 de junho de 2008

Autoformação

«Formação ao longo da vida» é um assunto consensual. Mas parece-nos consensual em termos do princípio, porque a sua concretização levanta problemas. (Veja-se o caso dos estudantes-trabalhadores). Posso estar distraída, mas não tenho dado conta de grandes reflexões ou tomadas de posição sobre esta matéria. E os problemas existem: quanto à formação que cada um deve realizar, onde ir buscar dinheiro para o efeito, e o tempo necessário. Neste quadro, lembrei-me de chamar aqui a atenção para a «Autoformação» que está instituida na Administração Pública, e que constatei é do desconhecimento de muitos. Esta formação é da inicitiva do trabalhador, é financiada por ele, e para isso é-lhe concedido o tempo necessário, dentro dos limites previstos na legislação. Veja o detalhe no
Decreto-Lei 50/98 ( http://dre.pt/pdf1sdip/1998/03/059A00/09440950.PDF
e no Decreto-Lei 174/2001 (http://dre.pt/pdf1sdip/2001/05/126A00/31963197.PDF
Por aqui, resolveremos a questão das ausências ao serviço.
Quanto à natureza da formação, pensamos que cada um deve ter isso por sua conta, e tentar localizar fontes de informação adequadas, mas a comunicação social é à partida uma das vias. Há também os sindicatos e demais associações profissionais, por exemplo. No que diz respeito ao financiamento, encontramos muita formação, abrangida pela autoformação, gratuita. Entre ontem e hoje, ao abrigo da autoformação, e de forma gratuita, beneficiei do seguinte:

- Conferência «O Consumidor na Sociedade da Informação», da iniciativa da APDSI (gratuito)
- Colóquio «Atlas do Ambiente», da iniciativa do Monde Diplomatique (gratuito)
- Conferência«Cidades Aeroportuárias», de iniciativa da CCD da Região de Lisboa e Vale do
Tejo e da Ordem dos Economistas (era a pagar, mas para os inscritos na ORDEM era por convite, o nosso caso).

Por coincidência todas estas inicativas se realizaram na Fundação Calouste Gulbenkian. E, objectivamente, foram de grande qualidade. Nelas participaram dos melhores especialistas, nacionais e estrangeiros. (Por vezes há ideia errada de que se é gratuito é porque não tem valor. Não me parece que este deva ser o critério).

O 3ap pode ter aqui um papel relevante, dando dicas aos seus membros. E para já, podemos utilizar este blogue, como aliás já fizemos.

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